Esta semana coloco um poema de um dos mais fantástico e mais perturbados escritores portugueses.
O meu "conterrâneo" CAMILO CASTELO BRANCO !
" Alma atribulada "
O' alma atribulada, corta o laço
da torva angústia que te cinge à vida!
Vai, foge para Deus, ou para o espaço...
Ou nada ou Deus, que importa? eis-te remida.
Não tiveste na vida um dia escasso
de paz e de alegria! Escurecida
te foi sempre a existência, desvalida,
e cortada de abismos, passo a passo.
Vai! Não leves saudades do que deixas.
Se a fé em melhor mundo te preluz,
alma gemente, por que assim te queixas?
Desprende-te, a sorrir, da horrenda cruz
m que tanto penaste! Os olhos fechas?
Abre os d'alma, e verás que infinda luz.
2 comentários:
Venho aqui deixar um agradecimento pela visita ao blogue Letra pequena online. Gostei de passar por este espaço. Muito provalmente voltarei.
Rita Pimenta
Não conhecia nenhum poema de Camilo... Interessante...
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