quarta-feira, 31 de março de 2010

Poesia Lusitana!!

quando os nossos corpos se separaram
Quando os nossos corpos se separaram olhámo-nos quase a desejar ser felizes.
vesti-me devagar, o corpo a ser ridículo. disse espero que encontres um homem
que te ame, e ambos baixámos o olhar por sabermos que esse homem não existe.
despedimo-nos. tu ficaste para sempre deitada na cama e nua, eu saí para sempre
na noite. olhamo-nos pela última vez e despedimo-nos sem sequer nos conhecermos.

José Luis Peixoto

segunda-feira, 29 de março de 2010

sexta-feira, 26 de março de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

Poesia Moderna !

Muito pouca

a morte é uma coisa muito pouca
em nada se compara ao crescimento das constelações
a morte não respira nem se expande desde o centro
como fazem as estações desde o coração da terra

e assim eu sei que um sorriso é precioso
porque respira e alarga-se dentro dos olhos
e quando chega ao lugar em que a mão se abre
é já uma forma de sossego uma lua coberta de luar
um modo certo de trocar nomes em dias de excepção

Vasco Gato

sexta-feira, 12 de março de 2010

Poesia Lusitana !

Já o referi por várias vezes, que José Luís Peixoto é, do que conheço, o melhor escritor português da actualidade.
Esta semana é dedicado à sua poesia.

Fingir que está tudo bem

fingir que está tudo bem: o corpo rasgado e vestido
com roupa passada a ferro, rastos de chamas dentro
do corpo, gritos desesperados sob as conversas: fingir
que está tudo bem: olhas-me e só tu sabes: na rua onde
os nossos olhares se encontram é noite: as pessoas
não imaginam: são tão ridículas as pessoas, tão
desprezíveis: as pessoas falam e não imaginam: nós
olhamo-nos: fingir que está tudo bem: o sangue a ferver
sob a pele igual aos dias antes de tudo, tempestades de
medo nos lábios a sorrir: será que vou morrer?, pergunto
dentro de mim: será que vou morrer?, olhas-me e só tu sabes:
ferros em brasa, fogo, silêncio e chuva que não se pode dizer:
amor e morte: fingir que está tudo bem: ter de sorrir: um
oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga.

José Luís Peixoto
A criança em ruínas

segunda-feira, 8 de março de 2010

Resistencia !


Nasci e cresci selvagem e esta musica e muitas outras dos resistência, foram-me acompanhado ao longo do meu crescimento, ajudando a abrir horizontes e a conhecer melhor a cultura portuguesa, relevando nomes de enorme importância na nossa história, tais como Zeca Afonso, António Variações entre outros.

sábado, 6 de março de 2010

Reflexão!

Dançar é amar na vertical.
Perder com nobreza é empatar,
Só um de nós poderá sair em primeiro lugar !!

terça-feira, 2 de março de 2010

futuro?

"O problema dos nossos tempos é que o futuro já não é o que era."
( Paul Valéry )