quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Poesia Lusitana


Vai-te, Poesia!

Deixa-me ver a vida
exacta e intolerável
neste planeta feito de carne humana a chorar
onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos
com bandeiras de lume nos olhos,
para fabricar sonhos
carregados de dinamite de lágrimas.

Vai-te, Poesia!
Não quero cantar.
Quero gritar!

José Gomes Ferreira

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